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Este texto foi adaptado e traduzido com base no artigo The Next Evolution of HR Leadership: The Connecting HR Leader, escrito por Steven Krupp, Brad Warga e Jennifer Wilson, publicado em setembro de 2024.

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Antes mesmo da pandemia, a liderança de RH já estava em transição — saindo do back-office e assumindo posições estratégicas. A chegada da Covid-19 acelerou essa transformação junto com um cenário de mudanças tecnológicas, sociais e organizacionais sem precedentes. 

Hoje, o RH enfrenta uma realidade de trabalho híbrido, força de trabalho diversa, crescente presença da IA, disputas acirradas por talentos e uma demanda contínua por propósito e bem-estar.

Nesse contexto, essa área está sendo cobrada por uma mudança de posicionamento e mentalidade. Sair da simples execução e assumir o papel de superconectores, apoiando CEOs na construção de culturas organizacionais sólidas, atualizadas com as mudanças do mundo e conectadas. 

A Heidrick & Struggles (Nasdaq: HSII), uma das líderes globais de executive search, que anunciou parceria exclusiva com a Chiefs.Group no Brasil, entrevistou lideres de RH ao redor do mundo, onde surgiu cinco imperativos para que essa liderança faça a diferença. Confira:

Visualizar o futuro e entregar no presente
Ainda que a operação diária continue sendo prioridade, o RH precisa antecipar tendências e alinhar a estratégia de talentos com os objetivos de negócio. Muitos processos ainda são manuais e reativos. Planejamento sucessório, gestão de performance e desenho organizacional precisam de modernização e visão de longo prazo.

Agir com propósito e coragem
O RH deve ser guardião dos valores da empresa, mesmo diante de decisões difíceis, como cortes e conflitos com líderes de alto desempenho que não refletem a cultura da empresa. Isso exige coragem para sustentar o propósito organizacional frente a crises.

Aproveitar o poder dos outros
Desenvolver uma cultura centrada nas pessoas requer líderes bem preparados, empáticos e conectados com suas equipes. O RH tem o papel de ajudar a formar esses líderes, garantir bem-estar e humanizar o ambiente de trabalho, além de dominar a comunicação em todos os níveis da organização.

Orquestrar ecossistemas
O antigo foco interno do RH já não é suficiente. O futuro passa pela construção de ecossistemas que integram talentos internos e externos — consultores, trabalhadores part time, interinos — promovendo diversidade, flexibilidade, acesso às novas habilidades e rápida adaptabilidade frente às demandas dos clientes e do mercado.

Adotar uma mentalidade de aprendizado
A evolução constante exige líderes de RH curiosos, flexíveis e abertos ao novo. Isso significa abandonar velhos modelos, fortalecer competências de negócios e tecnologia, e preparar suas equipes para enfrentar desafios multifuncionais com agilidade.

Desenvolvendo a função para 2030

Para que o RH atue de forma estratégica e relevante, as lideranças de RH devem repensar três frentes:

• Equipe: negócios em primeiro lugar, RH em segundo. É hora de desenvolver competências técnicas e visão ampla, incentivando rotações e aprendizados contínuos.
• Modelo: sair do tradicional centro de excelência para estruturas mais flexíveis, baseadas em projetos, dados e automação.
• Papel na organização: influenciar decisões estratégicas, quebrar estereótipos sobre a função e formar um RH preparado para resolver problemas reais do negócio.

O desafio é grande, mas a oportunidade é ainda maior. O RH que combina excelência operacional com impacto estratégico se torna essencial para o sucesso da organização — hoje e no futuro.